Papá Simon Kimbangu

Papá Simon Kimbangu

Nascido aos, 12 de Setembro de 1887, na Aldeia de Ngombe Kinsuka, Território de Thysville, actual Mbanza Ngungu, Região de Baixo Congo, hoje Republica Democrática do Congo.

Nome “Kimbangu” significa aquele que revela o sentido das coisas ocultas, foi revelado por Deus desde tempos dos ancestrais. No antigo Reino do Congo e em outros povos predominava um ritual no caso de um nado morto (Criança que nasce morta), obrigava o Pai do Filho fazer o ritual que consistia em subir no tecto da sua Casa e invocar Kimbangu para ir curar ou ressuscitar a Criança, a Bebé era colocada ou embrulhada no meio de folhas de bananeiras, em 30 Minutos a Criança recuperava o fôlego de vida e de repente metia-se a chorar, logo o Pai da Criança descia do Telhado e todos glorificavam o Nome de “Kimbangu”.

Segundo a história, no Reino do Congo, a Mamã Ndona Beatriz (Kimpa Vita), natural de Mbanza Congo, hoje Província do Zaire (Angola), foi a figura precursora que mais ensinava em Nome de “Kimbangu”, motivo pelo qual foi conspirada por Missionários e Padres daquele tempo aos Colonos, no dia 2 de Julho de 1706, custando-lhe a vida, tinha sido posta numa fogueira queimada viva com o seu Filho nas costas em espaço público. Mas antes da sua morte prestou declarações ao dizer “eu vou ser morto, mas aquele que virá a pois mim, o Kimbangu, ninguém impedirá a concretização da sua Missão e nem será morto”, as pessoas presentes viram Pomba branca a girar em torno da fogueira que depois dirigiu-se em direcção do Território do Ngombe Lutete, hoje pertencente ao país RDC.

Papá Simon Kimbangu, Filho de Papá kuyela e de Mamã Luezi Wanfuemina, o casal não frequentou nenhuma congregação religiosa, mas no seio do seu Lar reinava um amor conjugal muito diferente, razão pela qual nasceram um Homem Sagrado.

A pequena Aldeia de Ngombe Kinsuka onde nasceu o Papá Simon Kimbangu, situa-se em cima de uma colina com nome de Nkamba, numa região onde pequenos vales e montes verdejantes se alternam. É nessa Localidade onde vivia Papá Kuyela, Este noivou Mamã Luezi e do seu casamento nasceu Simon Kimbangu, que ficou mais tarde órfão de Mãe, aos primeiros meses de vida, por morte súbita. Tendo morrido sua Mãe, Papá Kimbangu foi criado por Mamã Kinzembo, sua Tia materna. Mamã Kinzembo foi uma das primeiras africanas que os Missionários tinham convertido ao Cristianismo no Distrito de Cataratas, no final do Século XIX.

Mamã Kinzembo recebeu bênção do um Missionário Europeu vindo de Inglaterra, pertencente a Religião Protestante de nome Comber, dentro de uma praça da sua Aldeia, depois o Missionário regressou a Missão da Aldeia de Ngombe Lutete, este Missionário Protestante depois tinha sido substituído por um outro chamado de Ronald Calmeron, alcunhado de “Nzangamena” que também visitou a Mamã Kinzembo, passou a noite em sua Casa, dia seguinte queria levar o Menino Kimbangu para ser criado na Missão de Ngombe Lutete, mas Mamã Kinzembo não aceitou o pedido por causa da ausência do Pai do Filho, o Líder Protestante deixou uma Bíblia e faca para futuramente darem no Menino quando crescer. Isto foi no dia 17 de Maio de 1894, a título de gratidão a Mamã Kinzembo retribuiu com ofertas de ouro e outros bens ao Missionário.

Vida da infância

Fez os seus estudos na escola de Gombe Lutete, lá ele aprendeu a ler e escrever a sua língua materna e recebeu uma solida instrução cristã. 
A sua conduta moral era muito regrada, respeito acima de tudo, servindo de exemplo para muitas crianças no seu tempo.

Budimbu e kumpenda foram dois amigos em companhia dos quais Kimbangu passeava com frequência. Certo dia, em 1914, Simon Kimbangu e kumpenda foram a uma baixa situada a leste de NKamba para recolherem coconotes que os comerciantes brancos de Thysville deitavam. No momento em que descascavam os tais coconotes, Simon Kimbangu partiu um que estava podre, tendo seu suco saltado para a camisa de Kumpenda, sujando-o. Este, por ter lamentado amargamente, Kimbangu recolheu a nodoa instalada na camisa do amigo, simplesmente e volve-la entre as mãos, e, para o espanto de Kumpenda, saiu um novo coconote doce, fresca e agradável, tendo Simon Kimbangu acrescentado: “A noz podre transformou-se em fresca e agradável.

Fim de situação, Kimbangu proibiu ao amigo de contar o que acabara de presenciar. Transformou a pena de Galinha em pássaro e fez mais milagres na sua infância que não foram citadas. Ele se dedicava ao trabalho agrícola, conservava também o hábito de se instruir permanente com base nas Escrituras Sagradas e de orar constantemente. Nenhum Domingo faltou à Igreja. Aos amigos, ele repetiu com frequência para levarem uma vida exemplar fundada em orações e no respeito aos 10 Mandamentos de Deus.

Simon kimbangu foi cristão na igreja protestante batista B.M.S (Batist Mission Society), inicio como catecuméno na aldeia de lukengo pouco depois de ser batizado na Missão de Ngombe Lutete em 1915, e trabalhou como catequista durante vários anos antes de começar seu próprio ministério em 1921.

Nascida na república democrática do congo no dia 7 de maio de 1880.

Nascido em nkamba no dia  12 de fevereiro de 1914..

Nascido nkamba em no dia  25 de maio de 1916..

Nascido em nkamba no dia 22 de Março de 1918..

Com sua tenra idade Papá Simon Kimbangu anunciara ao seu Pai que, “antes de Tu nasceres, Eu já existia neste mundo, nos tempos vindouros o meu nome será divulgado no mundo; – Em 1910 anunciou aos seus contemporâneos (José Kumpenda) que havia de renascer em 1918.

 

 

O seu ministério

O ministério do Kimbangu começou Em 1918, o nosso senhor Jesus Cristo lhe apareceu e disse lhe “o meu povo é infiel, escolhi-te para testemunhar de Mim para conduzir este povo à caminho da verdade e da salvação”.

A primeira reacção Papá Kimangu negou em cumprir a missão de Cristo, sentiu-se ser inferior e incapaz de levar a cabo a tamanha missão tendo em conta a sua capacidade intelectual, e pediu ao Cristo para escolher alguém capaz que é intelectual para este propósito.

Mais Jesus Cristo respondeu-lhe que “não temas a sua missão será difícil, pois Eu estou, e estarei sempre contigo”. Ele ficou literalmente imobilizado de medo e, instantes depois, respondeu: “Senhor, Eu não sou digno para realizar tal missão, convém confia-la aos pastores ou Missionários de Ngombe Lutete que são mais instruídos do que eu.”

Fugiu para o Leopoldville a Capital do então Congo Belga, actual RDC, onde iniciou a trabalhar numa Empresa denominada H.C.B (Huillers of Congo Belga) que produzia Óleo de palma onde ocupou a função de registador. Mas infelizmente durante o tempo que ele trabalhou naquela Empresa não recebeu salário nenhum.

Em cada fim de Mês encontrava o seu Nome já assinado na folha de salário e não sabia por quem, mas a assinatura era de Papá Simon Kimbangu. Desempregou-se e começou a vender Kicuangas no Mercado Negro de Kassangulo, Kinshasa e vice-versa, mesmo assim não lucrava nada, nesses contratempos todos, Jesus Cristo sempre lhe aparecia constantemente pedindo que voltasse à sua Aldeia Natal.

No dia 17 de março de 1921,  Papá  Simon Kimbangu teve uma visão extraordinária. Jesus Cristo, em espírito, apareceu-lhe e falou com Ele, entregando instruções sagradas e poderosas. No dia seguinte, 18 de março, o céu confirmou esse chamado com um sinal divino: Kimbangu estava destinado a conduzir o povo à salvação espiritual. Obedecendo à voz de Cristo, ele preparou-se para iniciar sua missão.

E foi no dia 6 de abril de 1921, uma quarta-feira, que Papá Kimbangu começou seu ministério público na vila de Nkamba, que mais tarde seria chamada de Nkamba-Nova Jerusalém, conforme revelado no livro de Apocalipse 21:2-3,10. Seu primeiro ato foi um milagre: curou mamã Nkiatondo, que estava à beira da morte. A notícia espalhou-se como fogo em palha seca.

Poucos dias depois, no dia 14 de abril, outro milagre impactante: mamã Dina, uma jovem de 15 anos que havia morrido havia três dias, foi ressuscitada por Kimbangu, assim como Jesus havia feito com Lázaro. Em pouco tempo, os cegos passaram a enxergar, os paralíticos andavam, os mudos falavam, os leprosos eram purificados, e até os mortos voltavam à vida. E aos pobres, anunciava-se o evangelho da salvação.

O impacto foi imenso. O ministério de Papá Kimbangu paralisou cidades inteiras. Fábricas fecharam, igrejas coloniais esvaziaram-se, e multidões afluíam diariamente a Nkamba, em busca do Reino de Deus que se manifestava. A sua pregação era firme: chamava ao arrependimento e alertava contra práticas ocultas como talismãs, feitiçaria, astrologia, sociedades secretas como a franco-maçonaria, o rosacrucianismo, o espiritismo e outras formas de adoração que desviavam o povo do verdadeiro Deus.

O poder colonial belga, assustado com essa mobilização espiritual e popular, decidiu reagir. Após uma tentativa frustrada de capturá-lo em 6 de junho de 1921, Simon Kimbangu, obedecendo à vontade de Deus, entrega-se voluntariamente em 12 de setembro de 1921. É preso e acorrentado, sendo rapidamente transferido de Nzundu para Thysville (hoje Mbanza Ngungu).

No dia 3 de outubro de 1921, ele é julgado por um tribunal militar e condenado à morte. Contudo, a sentença é comutada para prisão perpétua. Simon Kimbangu é então enviado à prisão de Kasombo, em Elisabethville (atual Lubumbashi), onde passará os próximos 30 anos, de 1921 a 1951.

Mas a prisão não o impediu de cumprir sua missão espiritual. Milagrosamente, pessoas testemunharam a presença de Kimbangu em cinco cidades diferentes ao mesmo tempo: Ikafela, Buende, Mbandaka, Bolafa e Lubumbashi. Em todas, pregava a salvação. E, ao final, essas cinco manifestações fundiam-se em uma só — Ele era o mesmo, o único Kimbangu.

No dia 4 de outubro de 1951, algo extraordinário ocorreu: os guardas da prisão o encontraram fora de sua cela, embora nenhuma porta tivesse sido aberta. Quando tentaram forçá-lo a voltar, ele recusou-se firmemente, declarando:

Venci o mundo! Estou definitivamente livre. Ninguém pode mais privar-me da liberdade. Meu tempo terminou!

Diante da insistência dos guardas, Kimbangu demonstrou sinais de fraqueza física e foi levado ao Hospital Prince Léopold, em Lubumbashi. Lá, sentindo que sua missão terrena se completava, profetizou sua própria morte.

No dia 12 de outubro de 1951, uma sexta-feira, Kimbangu reuniu-se com enfermeiros, guardas e prisioneiros. Repetiu suas palavras da véspera, exortando todos a seguirem os Dez Mandamentos, a amarem-se uns aos outros, e a viverem como verdadeiros cristãos. Às 14h45, despediu-se com serenidade. Às 15h em ponto, deu três leves batidas nos lados do seu estômago e entregou o espírito.

A morte de Papá Kimbangu causou grande comoção. Ao realizarem uma autópsia, os médicos coloniais ficaram horrorizados ao constatar que o corpo não continha vísceras — era um vazio total. Um silêncio assustado se espalhou entre os colonos europeus na província mineira de Katanga.

Finalmente, no dia 3 de abril de 1960, o corpo de Papá Simon Kimbangu foi transferido com honra e reverência de Lubumbashi para sua terra natal, Nkamba. A procissão foi triunfal, testemunho do reconhecimento do povo e da glória de Deus manifestada através de Seu servo.